Esse molosso, de origem francesa, quase foi extinto durante a segunda guerra mundial, no início dos
anos 60, haviam apenas dois criadores na França e poucos
animais em alguns países da Europa. A raça ganhou
popularidade após a estréia do filme ?Uma dupla quase
perfeita ? onde sua procura aumentou e o número de
criadores também. Apesar do sucesso do filme e do
aumento na popularidade, o Dogue de Bordeaux ainda ?
considerado um cão de raça exótica, ?muito comum as
pessoas não conhecerem a raça, confundirem com boxer,
pit Bull, etc.
Apesar de ter sido usado em lutas no passado, o dogue de
Bordeaux tem temperamento dócil, sociável, mesmo com
pessoas estranhas, na presença do dono, não apresenta
nenhuma agressividade. Convive bem com crianças e outros
animais se acostumado desde pequenos aos mesmos.
Extremamente observadores, notam e reagem a qualquer
mudança em seu ambiente. Não reagem bem ?mudanças de
dono e/ou companheiro. Gostam de exercícios, porém nada
exagerado, não apresentam hiperatividade, pelo contrário
apreciam um bom sossego. Excelente guarda.
Bonito, exótico, notório ?o tipo de cachorro
imediatamente notado ao passear na rua ou parque. Chama
muita atenção pela sua cabeça, porte físico, tamanho,
ossatura e especialmente sua beleza.
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ORIGEM E EVOLUÇÃO
Um cão tipicamente francês
"O cão não deve jamais ser o último objeto de tuas
preocupações.
De um pão pequeno com o leite mais grosso, alimentados e
o ágil de Esparta ?o cão vigoroso do Epiro. Com tais
guardas voc?não temer?por suas pastagens, nem o ladrão
noturno, nem o lobo esfomeado, nem os súbitos ataques da
idomptable Ibéria."
Ao dar estes conselhos aos primeiros "cinófilos",
Virgílio ?sem dúvida o primeiro autor (séc. I antes de
Cristo) a falar do "Dogue do Epire" que pode ser
considerado como um dos ancestrais do Dogue de Bordeaux.
Mas este Dogue de Epire que ser?um cão guerreiro e um
gladiador excepcional, de onde ele vinha? Como a maioria
dos molossóides, pode-se pensar que o tronco original se
encontraria no Tibete; os Dogues do Tibete tendo sido
"importados" na Europa pelos comerciantes fenícios.
Como, do Tibete passando pelo Epire, o Dogue se tornou
gaulês? Parece que ele seria um neto de Eneida (o herói
troiano querido a Virgílio), de nome Brutus que, após
ter matado seu pai, foi banido de sua pátria. Coagido a
emigrar na Armorique ele levou consigo sua matilha de
cães. Pode-se portanto considerar os ancestrais do Dogue
de Bordeaux são os descendentes dos cães de Brutus e que
eles se tornaram em seguida os companheiros de armas dos
Celtas. Eles foram então conhecidos sob o nome de Alan
ou de Allant, do nome da povoação oriental que
encontramos em Aunis e na Guiana por volta de 406 depois
de Cristo, os "Alain". Esta povoação ser?aniquilada
pelos Visigodos pouco tempo após, na Espanha, e pode-se
pensar que ela a?deixar?seu cães como ela os havia
deixado no Sudoeste da França.
No século XIV, Gastão III, duque de Foix, mais conhecido
sob o nome de Gaston Phoebus (1331-1391), em seu célebre
Tratado de caça, ?pouco amável com o ancestral do
Dogues de Bordeaux: "?o Alan que era branco e ouro, sem
nenhuma mancha preta perto da orelha, os olhos bem
pequenos e azuis, as narinas brancas, as orelhas eretas
e agudas. Ele guarda também o habitante e ?também bom
para a caça dos ursos e dos javalis e mesmo para a caça
com os cães corredores, mesmo que ele fique aturdido,
sem bom faro com os outros cães, e sem nariz fino". Ele
divide os Dogues em três categorias: os Dogues gentis,
os Dogues de caça e os Dogues de açougue. Parece que o
Dogue de caça ?o que corresponde mais ao Dogue de
Bordeaux: "les Dogues de caça são talhados como os
galgos de estatura feia, mas eles têm cabeças grandes,
grandes lábios e grandes orelhas... São pesados e feios,
e se eles morrem pelo feito de um javali ou de um urso,
não ?uma perda muito grande."
A raça se desenvolve então ao longo dos séculos e s?no
século XIX voltamos a encontrar escritos sobre o Dogue
de Bordeaux cujo gado de parceria se situa no Sudoeste
da França e igualmente na Espanha (Touro de Burgos). ?
pelo menos a opinião do professor Kunstler, da faculdade
de ciências de Bordeaux que, no final do século passado
e no início deste, escreve sobre a raça: "Sós e ainda
longe do tipo primitivo de nossos ancestrais, o Dogue de
Bordeaux e o Touro de Burgos que parecem ser parentes
próximos, tendo em vista a freqüência das viagens de
contrabandistas que transpunham os Pirinéus com estes
cães de defesa, conservaram a força do molosso dos
Celtas".
Ser?preciso esperar 1863 para ver aparecer os primeiros
Dogues de Bordeaux quando da exposição que se desenrolou
no jardim da Aclimação em Paris. O juiz era um certo
Pierre Pichot que comenta assim a raça: "Nós temos pouca
coisa a dizer dos cães dos quais um s?da grande raça de
Bordeaux merece uma menção particular." Vinte anos mais
tarde, na exposição de Paris de 1883, foi notada uma
fêmea soberba, Batalha, pertencente a um certo M. Fontan.
Esta cadela de 67 cm no garrote seria uma das filhas da
muito célebre Mira que ofuscou no Sudoeste nessa época
em combates perante os ursos, os touros e outros cães. ?
igualmente em torno de 1883 que certos criadores
introduziram sangue de Mastif no Dogue de Bordeaux. ?
preciso dizer que na época os juizes de Dogues,
freqüentemente ingleses ou holandeses, conheciam muito
mal a raça que eles descreviam deste modo: "Para nós, o
Dogue de Bordeaux tem a aparência de um pequeno Mastif
com uma cabeça de Bulldog."
Pode-se pensar que a quota de sangue de Mastif modificou
um pouco o aspecto externo do Dogue de Bordeaux. ?desse
modo que em 1889 se colocou o problema entre o máscara
vermelha e o máscara preta. Problema resolvido em 1894
que deu uma preferência ao máscara preta.
O início do século XX, se ?um sinal de esperança para a
cinofilia, ?sinal de dúvida para a raça dos Dogues que
resulta em três tipos: o "Bordelais", o "Parisiense" e o
"Toulousiano".
O Bordelais era maciço, colorido, com nariz curto, de
stop importante, com uma cabeça enorme, com o corpo
perto da terra enquanto o Toulousiano era ainda mais
forte, com uma cabeça de tendência piriforme (forma de
pera), com um focinho cerrado terminado em um bisel,
possuindo um pouco de barbela, com uma ossatura franzina
e com os músculos pouco desenvolvidos. Quanto ao
Parisiense, ele se parecia com os Mastiff, era arrojada,
esguio, de cor pálida, de focinho longo e fino às vezes
aquilino e um pouco quebrado. Pode-se no entanto emitir
algumas observações referente a essas descrições: ?
difícil imaginar que o Toulousiano fosse mais forte que
o Bordelais j?que ele possuía uma ossatura franzina e
músculos pouco desenvolvidos.
Ser?preciso esperar 1910, depois 1914, para ver o
professor Kunstler elaborar um ante-projeto do que se
tornaria mais tarde o padrão. Infelizmente a Primeira
Guerra Mundial passar?por l? dizimando o gado. S?em
1924 um impressor de Bordeaux, de nome Barès, retomar?o
clube com o objetivo a saída do primeiro padrão s?ser?
emitido dois anos mais tarde e que durar?at?1970. Uma
vez emitido o padrão, os criadores poderão enfim fixar a
raça utilizando de início o método da consangüinidade
permitindo transmitir aos descendentes diretos as
qualidades de seus genitores.
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